Sou uma pessoa simples,humilde, de família honesta e honrada, nascido em Picos no Estado do Piauí, na Praça João Leopoldo,45 (Antiga Rua Velha). Filho de Edmar Alves de Sousa Leão e Edilma Leite Leão. Empreendedor, Empreteco, Estudando Logística ,Técnico em Agropecuária por formação, Ambientalista por convicção e Escritor Amador de coração por amor às letras.
sábado, 22 de novembro de 2008
SUCOS DE FRUTAS
Suco de melão c/ limão
Ingredientes:
•2 xícaras (chá) de melão cortados em pedaços
•1/2 xícara (chá) de leite
•2 colheres (sopa) de suco de limão
•2 colheres (sopa) de açúcar
•2 xícaras (chá) de sorvete de creme
Modo de preparo:
•Coloque todos os ingredientes, menos o sorvete, no copo do liquidificador.
•Bata bem.
•Junte o sorvete e bata novamente para misturar bem.
•despeje em 4 copos altos.
Rendimento: 04 porções
SUCO S.S (SUPER SABOROSO)
MELÃO C/ MORANGO
Ingredientes:
01 xícara chá de morango picado (s)
01 xícara chá de melão picado (s )
Açúcar e gelo
Modo de preparo:
Bata tudo no liquidificador e sirva gelado.
Rendimento: 04 porções
Suco de melão
Ingredientes:
3 xícaras (chá) de polpa de melão cortada em cubos
1 xícara (chá) de água gelada
4 folhas de hortelã
1 colher (sopa) de açúcar
Modo de preparo:
Coloque todos os ingredientes em um liquidificador e bata bem até obter uma mistura bem homogênea. Sirva com cubos de gelo no copo.
Melão com Vinho do Porto:
Faça bolinhas com a polpa do melão.
Coloque em um cálice.
Cubra até a metade com vinho do porto.
Sirva gelado, como entrada.
Fica mais interessante se você conseguir melões de tonalidades contrastantes.
EDILMAR “LEÃO”–TÉCNICO AGRÍCOLA-e-mail:leaosantos@itelefonica.com.br
Agricultura familiar
Agricultura familiar é modelo de desenvolvimento
Da Redação
Agência Pará
O desenvolvimento de um modelo sustentável de agricultura familiar cria um cenário favorável para produtores e consumidores paraenses. Se de um lado ganha força a valorização dos produtos livres de agrotóxicos, de outro, cresce a demanda no mercado por produtos de qualidade e ecologicamente corretos.
Neste cenário de oportunidades, a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente tornaram-se estratégias viáveis já em fase de consolidação em vários municípios do Pará. É o caso dos municípios de São Domingos do Capim, Abaetetuba, Santo Antônio do Tauá, São João de Pirabas e a Região Metropolitana de Belém, dentre outras localidades, onde o segmento agroecológico de hortifrutigranjeiros avançou.
O que já existe de concreto na linha de produção sustentável paraense será um dos atrativos do Frutal Amazônia e Floral 2008, que acontecem em Belém de 26 a 29 de junho, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia & Feiras da Amazônia. A exposição de frutas e flores terá cerca de 300 estandes.
São produtores como Pedro Ferreira Araújo, 52 anos, de São Domingos do Capim, região do Guamá, que exemplificam este momento de mudança. “Fiz um curso de capacitação e passei a aplicar técnicas que respeitam o meio ambiente. A derrubada da floresta não é a solução nem o uso exagerado de pesticidas garantia de qualidade”, diz.
Ele é apenas um dos milhares de trabalhadores rurais da cadeia produtiva familiar do Estado que estão na mira dos incentivos federal e estadual. Um investimento de R$ 1,2 bilhão vai beneficiar a agricultura familiar em 57 municípios paraenses ainda em 2008.
Foi estabelecendo a harmonia entre os princípios de produtividade, rentabilidade e qualidade do produto, que agricultores como o Pedro Araújo conseguiram cultivar a terra sem derrubar a floresta. “Minha produção tem destino certo. Redes de supermercados estão interessadas nas minhas frutas que não têm nenhum tipo de agrotóxico. O nível de conscientização das pessoas está mudando”, avalia o produtor, que em uma propriedade de 66 hectares, cultiva açaí, cacau, cupuaçu e banana com técnicas de compostagem e adubação orgânica.
Para o engenheiro agrônomo Raimundo Ribeiro, assessor de desenvolvimento organizacional da Empresa de Assistência e Extensão Rural do Pará (Emater), pequenas propriedades têm um potencial a ser maturado. Na opinião do especialista, a agricultura convencional praticada nos dias de hoje deixa em segundo plano a conservação do meio ambiente e a qualidade nutricional dos alimentos. “É quando a contrapartida do Poder público torna-se fundamental para colocar em prática conceitos agroecológicos em sintonia com os fatores sociais”, destaca.
A aplicação de técnicas agrícolas menos agressivas ao ambiente – tal como a adubação orgânica, o uso de defensivos naturais e a combinação e rotação de culturas –, passaram a ser experimentadas e adotadas no Pará nas últimas décadas quando houve um maior incentivo à capacitação do produtor rural no Brasil.
“Foram muitos cursos de capacitação e análises de projetos. Agora, podemos observar a diversificação produtiva e festejar os bons resultados. A meta não é apenas ensinar, mas também aprender com os produtores”, informa Cleide Amorim, engenheira agrônoma da gerência de floricultura e oleicultura e plantas medicinais da Secretaria de Estado de Agricultura do Pará, Sagri.
Raimundo Ribeiro esclarece que cerca de cem produtores assistidos pela Emater vivem exclusivamente da produção agroecológica e outras dezenas estão em fase de capacitação no Estado. “Conhecer e quantificar a produção agroecológica é fundamental para o progresso de qualquer investimento neste segmento. O objetivo da Emater é orientar os agricultores segundo os conceitos de sustentabilidade, agregando valor ao conhecimento tradicional herdado pelos trabalhadores do campo”, destaca.
Por ser relativamente jovem, a prática da agroecologia ainda está em fase de consolidação. O Pará ainda não dispõe de uma estimativa concreta do número de trabalhadores rurais que adotam práticas agroecológicas. “Aos poucos, vamos fazendo um mapeamento a produção agroecológica. A conclusão do Censo Agropecuário vai nos ajudar bastante”, informa a Sagri.
É comum esses produtores trabalharem com várias culturas geralmente para consumo familiar. “O objetivo é orientá-los para ampliar a produção e, conseqüentemente, inseri-los no mercado de forma mais competitiva”, explica Raimundo Ribeiro.
Foi o que aconteceu com produtor Moacir de Jesus Gomes Nunes, 53, também morador do município de São Domingos do Capim. Uma das providências tomadas pela Emater para melhorar a produção dele foi auxiliar a instalação de uma variedade mais resistente da mandioca. Isso aumentou a lucratividade do produto final.
“Minha experiência foi bem-sucedida. Fiz um curso em Alagoas e na Bahia com o apoio da Emater. Aprendi a adicionar saber e cor ao bejú que faço há anos”, comemora. Em sua propriedade de 43 hectares, Moacir cultiva subprodutos da mandioca e faz colheita regular de frutos e cria aves para abate. “A farinha tem clientela certa assim como minhas frutas e legumes”, detalha o agricultor.
Agroecologia – A relação entre a agricultura familiar e o mercado depende de um conjunto de fatores sócio-econômicos, políticos e culturais. Como torná-la harmoniosa é uma discussão relativamente recente. Ganhou visibilidade durante a realização da Eco 92, no Rio de Janeiro, quando foram lançadas as bases para um desenvolvimento sustentável no planeta. Atualmente, é entendido como um conjunto de técnicas que tem no uso racional dos recursos naturais seu principal princípio.
A rigor, pode-se dizer que a agroecologia é a base científico-tecnológica para uma agricultura sustentável. Seus conceitos aliam conhecimentos científicos e empíricos herdados pelos agricultores. Segundo especialistas, a produção agroecológica cresce no mundo a uma taxa de 20 a 30% ao ano.
No Brasil, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o comércio nacional de agroecológicos atinge mais de 150 milhões de dólares em uma área plantada de mais ou menos 25 mil hectares. A produção total de agroecológicos representa 2% da produção agrícola brasileira e cresce ano após ano.
No Pará, há oito ou dez anos não havia mais do que algumas poucas dezenas de grupos ou associações de produtores agrícolas. Em 2008, de acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará - Fetagri, já existem 143 associações de produtores familiares fora produtores e empreendimentos isolados em várias regiões do Estado.
Potencial – De 26 a 29 de junho, Belém será sede do Frutal Amazônia e Flor Pará 2008. Os eventos são considerados as vitrines da fruticultura e produção de flores no Estado. Técnicos, produtores rurais e empresários de várias partes do país vão participar.
Os empreendimentos devem superar a marca de R$ 40 milhões registrada no ano passado. A programação inclui seminários, exposições, palestras técnicas, oficinas e rodada de negócios. Serão cerca de 300 estandes distribuídos em toda a extensão do Hangar. No ano passado, o Frutal Amazônia e o Flor Pará atraíram mais de 32 mil visitantes.
De acordo com a Sagri, nos últimos 03 anos, a fruticultura paraense apresentou um crescimento médio de 10% a 15% nas principais culturas. Açaí, abacaxi, cacau, cupuaçu e banana são destaques.
A área plantada passou de 226.376 hectares em 2006 para 238.712 hectares em 2007. As regiões que mais se destacam na produção de frutas são o Baixo-Tocantins e o nordeste paraense.
Na área da floricultura trabalham hoje cerca de 120 produtores, 44% oriundos da agricultura familiar. A atividade gera uma receita anual de R$ 41,7 milhões. A área cultivada passou de 188 hectares em 2005 para 274,63 hectares em 2007.
Incentivos – A consolidação de um novo modelo de produção baseado no desenvolvimento sustentável, livre de agrotóxicos e com produtos naturais, ganhou força este ano com o anúncio de um investimento recorde de R$ 12 bilhões disponibilizado pelo Plano Safra da Agricultura Familiar 2007/2008. No Pará, cinco Territórios da Cidadania receberão R$ 1,2 bilhão. Ao todo, 57 municípios paraenses serão beneficiados, melhorando a vida de famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas, comunidades quilombolas e indígenas.
Da Redação
Agência Pará
O desenvolvimento de um modelo sustentável de agricultura familiar cria um cenário favorável para produtores e consumidores paraenses. Se de um lado ganha força a valorização dos produtos livres de agrotóxicos, de outro, cresce a demanda no mercado por produtos de qualidade e ecologicamente corretos.
Neste cenário de oportunidades, a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente tornaram-se estratégias viáveis já em fase de consolidação em vários municípios do Pará. É o caso dos municípios de São Domingos do Capim, Abaetetuba, Santo Antônio do Tauá, São João de Pirabas e a Região Metropolitana de Belém, dentre outras localidades, onde o segmento agroecológico de hortifrutigranjeiros avançou.
O que já existe de concreto na linha de produção sustentável paraense será um dos atrativos do Frutal Amazônia e Floral 2008, que acontecem em Belém de 26 a 29 de junho, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia & Feiras da Amazônia. A exposição de frutas e flores terá cerca de 300 estandes.
São produtores como Pedro Ferreira Araújo, 52 anos, de São Domingos do Capim, região do Guamá, que exemplificam este momento de mudança. “Fiz um curso de capacitação e passei a aplicar técnicas que respeitam o meio ambiente. A derrubada da floresta não é a solução nem o uso exagerado de pesticidas garantia de qualidade”, diz.
Ele é apenas um dos milhares de trabalhadores rurais da cadeia produtiva familiar do Estado que estão na mira dos incentivos federal e estadual. Um investimento de R$ 1,2 bilhão vai beneficiar a agricultura familiar em 57 municípios paraenses ainda em 2008.
Foi estabelecendo a harmonia entre os princípios de produtividade, rentabilidade e qualidade do produto, que agricultores como o Pedro Araújo conseguiram cultivar a terra sem derrubar a floresta. “Minha produção tem destino certo. Redes de supermercados estão interessadas nas minhas frutas que não têm nenhum tipo de agrotóxico. O nível de conscientização das pessoas está mudando”, avalia o produtor, que em uma propriedade de 66 hectares, cultiva açaí, cacau, cupuaçu e banana com técnicas de compostagem e adubação orgânica.
Para o engenheiro agrônomo Raimundo Ribeiro, assessor de desenvolvimento organizacional da Empresa de Assistência e Extensão Rural do Pará (Emater), pequenas propriedades têm um potencial a ser maturado. Na opinião do especialista, a agricultura convencional praticada nos dias de hoje deixa em segundo plano a conservação do meio ambiente e a qualidade nutricional dos alimentos. “É quando a contrapartida do Poder público torna-se fundamental para colocar em prática conceitos agroecológicos em sintonia com os fatores sociais”, destaca.
A aplicação de técnicas agrícolas menos agressivas ao ambiente – tal como a adubação orgânica, o uso de defensivos naturais e a combinação e rotação de culturas –, passaram a ser experimentadas e adotadas no Pará nas últimas décadas quando houve um maior incentivo à capacitação do produtor rural no Brasil.
“Foram muitos cursos de capacitação e análises de projetos. Agora, podemos observar a diversificação produtiva e festejar os bons resultados. A meta não é apenas ensinar, mas também aprender com os produtores”, informa Cleide Amorim, engenheira agrônoma da gerência de floricultura e oleicultura e plantas medicinais da Secretaria de Estado de Agricultura do Pará, Sagri.
Raimundo Ribeiro esclarece que cerca de cem produtores assistidos pela Emater vivem exclusivamente da produção agroecológica e outras dezenas estão em fase de capacitação no Estado. “Conhecer e quantificar a produção agroecológica é fundamental para o progresso de qualquer investimento neste segmento. O objetivo da Emater é orientar os agricultores segundo os conceitos de sustentabilidade, agregando valor ao conhecimento tradicional herdado pelos trabalhadores do campo”, destaca.
Por ser relativamente jovem, a prática da agroecologia ainda está em fase de consolidação. O Pará ainda não dispõe de uma estimativa concreta do número de trabalhadores rurais que adotam práticas agroecológicas. “Aos poucos, vamos fazendo um mapeamento a produção agroecológica. A conclusão do Censo Agropecuário vai nos ajudar bastante”, informa a Sagri.
É comum esses produtores trabalharem com várias culturas geralmente para consumo familiar. “O objetivo é orientá-los para ampliar a produção e, conseqüentemente, inseri-los no mercado de forma mais competitiva”, explica Raimundo Ribeiro.
Foi o que aconteceu com produtor Moacir de Jesus Gomes Nunes, 53, também morador do município de São Domingos do Capim. Uma das providências tomadas pela Emater para melhorar a produção dele foi auxiliar a instalação de uma variedade mais resistente da mandioca. Isso aumentou a lucratividade do produto final.
“Minha experiência foi bem-sucedida. Fiz um curso em Alagoas e na Bahia com o apoio da Emater. Aprendi a adicionar saber e cor ao bejú que faço há anos”, comemora. Em sua propriedade de 43 hectares, Moacir cultiva subprodutos da mandioca e faz colheita regular de frutos e cria aves para abate. “A farinha tem clientela certa assim como minhas frutas e legumes”, detalha o agricultor.
Agroecologia – A relação entre a agricultura familiar e o mercado depende de um conjunto de fatores sócio-econômicos, políticos e culturais. Como torná-la harmoniosa é uma discussão relativamente recente. Ganhou visibilidade durante a realização da Eco 92, no Rio de Janeiro, quando foram lançadas as bases para um desenvolvimento sustentável no planeta. Atualmente, é entendido como um conjunto de técnicas que tem no uso racional dos recursos naturais seu principal princípio.
A rigor, pode-se dizer que a agroecologia é a base científico-tecnológica para uma agricultura sustentável. Seus conceitos aliam conhecimentos científicos e empíricos herdados pelos agricultores. Segundo especialistas, a produção agroecológica cresce no mundo a uma taxa de 20 a 30% ao ano.
No Brasil, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o comércio nacional de agroecológicos atinge mais de 150 milhões de dólares em uma área plantada de mais ou menos 25 mil hectares. A produção total de agroecológicos representa 2% da produção agrícola brasileira e cresce ano após ano.
No Pará, há oito ou dez anos não havia mais do que algumas poucas dezenas de grupos ou associações de produtores agrícolas. Em 2008, de acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará - Fetagri, já existem 143 associações de produtores familiares fora produtores e empreendimentos isolados em várias regiões do Estado.
Potencial – De 26 a 29 de junho, Belém será sede do Frutal Amazônia e Flor Pará 2008. Os eventos são considerados as vitrines da fruticultura e produção de flores no Estado. Técnicos, produtores rurais e empresários de várias partes do país vão participar.
Os empreendimentos devem superar a marca de R$ 40 milhões registrada no ano passado. A programação inclui seminários, exposições, palestras técnicas, oficinas e rodada de negócios. Serão cerca de 300 estandes distribuídos em toda a extensão do Hangar. No ano passado, o Frutal Amazônia e o Flor Pará atraíram mais de 32 mil visitantes.
De acordo com a Sagri, nos últimos 03 anos, a fruticultura paraense apresentou um crescimento médio de 10% a 15% nas principais culturas. Açaí, abacaxi, cacau, cupuaçu e banana são destaques.
A área plantada passou de 226.376 hectares em 2006 para 238.712 hectares em 2007. As regiões que mais se destacam na produção de frutas são o Baixo-Tocantins e o nordeste paraense.
Na área da floricultura trabalham hoje cerca de 120 produtores, 44% oriundos da agricultura familiar. A atividade gera uma receita anual de R$ 41,7 milhões. A área cultivada passou de 188 hectares em 2005 para 274,63 hectares em 2007.
Incentivos – A consolidação de um novo modelo de produção baseado no desenvolvimento sustentável, livre de agrotóxicos e com produtos naturais, ganhou força este ano com o anúncio de um investimento recorde de R$ 12 bilhões disponibilizado pelo Plano Safra da Agricultura Familiar 2007/2008. No Pará, cinco Territórios da Cidadania receberão R$ 1,2 bilhão. Ao todo, 57 municípios paraenses serão beneficiados, melhorando a vida de famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas, comunidades quilombolas e indígenas.
Água tratada naturalmente
Água tratada naturalmente
14/8/2008
Por Thiago Romero
Agência FAPESP – O engenheiro civil Luciano Zanella desenvolveu um sistema de tratamento de esgoto doméstico que associa a beleza das plantas com o bom desempenho na purificação de efluentes de produtos naturais.
O sistema utiliza espécies ornamentais fixadas em pedra ou bambu colocados sobre uma camada de terra. No recipiente, a água passa pelos espaços entre as pedras (ou anéis de bambu), que, com a ajuda das raízes das plantas, fazem a filtração.
O estudo foi feito como trabalho de doutorado, defendido na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Segundo Zanella, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento, vinculado ao Centro Tecnológico do Ambiente Construído do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o dispositivo é indicado para o tratamento complementar ao esgoto doméstico, após esse ter passado por uma primeira etapa de purificação para remoção dos resíduos mais pesados.
Em testes realizados na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, o engenheiro utilizou seis tanques de 2 mil litros cada. Os tanques receberam amostras de esgoto que já tinham passado por um primeiro tratamento na faculdade, sendo que em três recipientes foram adicionadas pedras brita nº 1 até a borda e, nos outros três, anéis de bambu.
"A eficiência média de remoção de sólidos em suspensão foi de cerca de 60% para os tanques com brita e de 33% para os tanques com bambu. Os valores médios de matéria orgânica foram de 22 miligramas por litro (mg/l), com 60% de eficiência de remoção, para os tanques de pedra brita, e de 36 mg/l, com 33% de eficiência de remoção, para os construídos com leito de bambu", disse Zanella à Agência FAPESP. O esgoto que saía da estação apresentava valor médio de matéria orgânica de 54 mg/l.
Os resultados médios obtidos para outro parâmetro de qualidade da água, demanda química de oxigênio (DQO), que mede indiretamente a carga de matéria orgânica contida na amostra, foram de 63,9% para os dispositivos com brita e plantas mistas e 55,8% sem o uso de plantas. No caso dos anéis de bambu, os índices foram de 29,7% e 20,4%, respectivamente.
Segundo o pesquisador, o sistema mantém o padrão estético dos jardins, diminuindo os níveis de rejeição da população para os dispositivos de tratamento de efluentes. Podem ser utilizadas diversas espécies de plantas, entre as quais copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), papiro (Cyperus papyrus) e biri (Canna edulis), que colaboram com o tratamento do esgoto ao mesmo tempo em que absorvem nutrientes como fósforo e nitrogênio para crescer com qualidade.
"A planta cresce em cima do esgoto, que serve como uma espécie de adubo natural para as espécies. O sistema lembra o processo de hidroponia acrescido da ação de microrganismos. Outra vantagem é que ele não necessita de nenhum tipo de produto químico ou eletricidade", disse Zanella.
Por ser considerado de baixo custo, o sistema é considerado ideal para pequenas propriedades. A água gerada pode ser utilizada para a irrigação de plantações e as plantas podem servir como uma fonte de renda extra pela exploração comercial das flores e fibras vegetais.
"Em uma população rural, por exemplo, seria possível plantar espécies ornamentais para venda. As fibras do caule do papiro, uma das plantas que melhor se adaptaram ao sistema, também podem ser usadas para artesanato na confecção de produtos como papel ou luminárias".
14/8/2008
Por Thiago Romero
Agência FAPESP – O engenheiro civil Luciano Zanella desenvolveu um sistema de tratamento de esgoto doméstico que associa a beleza das plantas com o bom desempenho na purificação de efluentes de produtos naturais.
O sistema utiliza espécies ornamentais fixadas em pedra ou bambu colocados sobre uma camada de terra. No recipiente, a água passa pelos espaços entre as pedras (ou anéis de bambu), que, com a ajuda das raízes das plantas, fazem a filtração.
O estudo foi feito como trabalho de doutorado, defendido na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Segundo Zanella, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento, vinculado ao Centro Tecnológico do Ambiente Construído do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o dispositivo é indicado para o tratamento complementar ao esgoto doméstico, após esse ter passado por uma primeira etapa de purificação para remoção dos resíduos mais pesados.
Em testes realizados na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, o engenheiro utilizou seis tanques de 2 mil litros cada. Os tanques receberam amostras de esgoto que já tinham passado por um primeiro tratamento na faculdade, sendo que em três recipientes foram adicionadas pedras brita nº 1 até a borda e, nos outros três, anéis de bambu.
"A eficiência média de remoção de sólidos em suspensão foi de cerca de 60% para os tanques com brita e de 33% para os tanques com bambu. Os valores médios de matéria orgânica foram de 22 miligramas por litro (mg/l), com 60% de eficiência de remoção, para os tanques de pedra brita, e de 36 mg/l, com 33% de eficiência de remoção, para os construídos com leito de bambu", disse Zanella à Agência FAPESP. O esgoto que saía da estação apresentava valor médio de matéria orgânica de 54 mg/l.
Os resultados médios obtidos para outro parâmetro de qualidade da água, demanda química de oxigênio (DQO), que mede indiretamente a carga de matéria orgânica contida na amostra, foram de 63,9% para os dispositivos com brita e plantas mistas e 55,8% sem o uso de plantas. No caso dos anéis de bambu, os índices foram de 29,7% e 20,4%, respectivamente.
Segundo o pesquisador, o sistema mantém o padrão estético dos jardins, diminuindo os níveis de rejeição da população para os dispositivos de tratamento de efluentes. Podem ser utilizadas diversas espécies de plantas, entre as quais copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), papiro (Cyperus papyrus) e biri (Canna edulis), que colaboram com o tratamento do esgoto ao mesmo tempo em que absorvem nutrientes como fósforo e nitrogênio para crescer com qualidade.
"A planta cresce em cima do esgoto, que serve como uma espécie de adubo natural para as espécies. O sistema lembra o processo de hidroponia acrescido da ação de microrganismos. Outra vantagem é que ele não necessita de nenhum tipo de produto químico ou eletricidade", disse Zanella.
Por ser considerado de baixo custo, o sistema é considerado ideal para pequenas propriedades. A água gerada pode ser utilizada para a irrigação de plantações e as plantas podem servir como uma fonte de renda extra pela exploração comercial das flores e fibras vegetais.
"Em uma população rural, por exemplo, seria possível plantar espécies ornamentais para venda. As fibras do caule do papiro, uma das plantas que melhor se adaptaram ao sistema, também podem ser usadas para artesanato na confecção de produtos como papel ou luminárias".
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Armas judiciais contra fábricas de papel no Brasil
Armas judiciais contra fábricas de papel no Brasil
08/09/2008
Por Clarinha Glock*
Porto Alegre, 8 de setembro (Terramérica) - A batalha contra as indústrias de celulose se intensificou nos tribunais do Brasil, especialmente nos Estados onde mais se expandem as plantações de eucalipto: Bahia e Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Neste último, cinco organizações ambientais se uniram no mês passado em uma ação judicial contra a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Ana Maria Pellini, a quem acusam de praticar assédio moral ao pressionar seus funcionários em processos de interesse do setor papeleiro.
A denúncia se refere a ameaças e transferências injustificadas de técnicos que se negaram a modificar critérios de Zoneamento Ambiental da Silvicultura, na licença para construção de represas e para ampliação que quadruplicará a fábrica de celulose Aracruz, maior empresa brasileira do setor, controlada pelos grupos familiares Lorentzen, de origem norueguesa, e Safra, do Líbano. “Querem nos impor uma ditadura ambiental e rechaçamos esse controle”, reagiu Pellini, negando as acusações e destacando que, ao assumir seu cargo, encontrou 12 mil solicitações de licenças ambientais à espera de avaliação e por isso teve de implementar um plano de emergência na Fepam.
O secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Brenner de Moraes, defendeu sua funcionária de confiança e os investimentos em silvicultura, que chegarão a R$ 10,7 bilhões entre 2007 e 2011. “Cada milhão de real representa 76 empregos”, ressaltou. As ações judiciais neste Estado se encaminham principalmente a irregularidades em licenças ambientais e acordos para que sejam feitos estudos e informes de impacto ambiental. “Exigimos mais restrições, porque o Zoneamento Ambiental, recentemente aprovado, oferece baixa proteção”, explicou Annelise Steigleder, fiscal de Meio Ambiente de Porto Alegre.
Na Bahia, a promotoria estadual pediu à justiça que anule licenças ambientais para plantio de eucalipto, obtidas pela empresa Veracel, criada por uma associação entre Aracruz e a sueco-finlandesa Stora Enso. A firma “usou meios ilícitos, desde corrupção de funcionários de órgãos vinculados às licenças até subornos de prefeitos e vereadores”, disse João da Silva Neto, coordenador da Promotoria em Eunápolis, município do sul baiano. Também foram obtidos de forma irregular certificados de qualidade para garantir exportações, acrescentou.
Após 15 anos de trâmite nos tribunais, o desenlace da primeira ação do Ministério Público contra a Veracel, em julho, foi uma multa de R$ 20 milhões, respondendo a denúncias de organizações não-governamentais, como a internacional Greenpeace e a brasileira SOS Mata Atlântica. A empresa foi multada e condenada a retirar as plantações de eucalipto de uma superfície de 96 mil hectares – distribuídos em quatro municípios baianos – e a reflorestá-los com espécies nativas da Mata Atlântica, o ecossistema afetado.
A Veracel pediu efeito suspensivo da sentença, porque o exame judicial feito na época da denúncia de “supostas irregularidades e desmatamento” em 64 hectares não comprovou danos ambientais, disse ao Terramérica o presidente da empresa, Antonio Sergio Alípio. A sentença “nos surpreendeu, porque a áreas em questão tinham licença do órgão ambiental estadual e apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)”, e, também, a empresa recuperou a floresta original além da extensão exigida por lei, assegurou Alípio. A promotoria, entretanto, entendeu que houve falhas no estudo de impacto ambiental e que o Ibama foi omisso nesse caso.
No Espírito Santo, Estado muito devastado, Sebastião Ribeiro Filho, advogado da Rede Alerta contra o Deserto Verde, iniciou a primeira ação popular contra a Aracruz em 2001, depois que a empresa obteve licença para sua fábrica. A justiça suspendeu a obra por quase um ano diante de denúncia do Ministério Público Federal por ausência do estudo e do informe de impacto ambiental, exigidos pela legislação. A companhia assinou um acordo, assumindo o compromisso de cumprir essas exigências e pôde prosseguir suas atividades, mas enfrenta outros processos judiciais por desmatamento e violação de direitos indígenas.
A Aracruz também é questionada por canalizar parte das águas do Rio Doce para abastecer uma de suas fábricas de papel. “A empresa obteve recursos da prefeitura, sem ter o estudo de impacto ambiental, para desviar águas do Rio Doce para o Riacho, principal fonte de água para suas unidades”, justamente quando um de seus ex-diretores era secretário de Desenvolvimento do governo estadual, disse Ribeiro Filho ao Terramérica. A prefeitura justificou a operação alegando que a canalização se destinava a melhorar o fornecimento de água à população dos bairros. A sociedade civil não dispõe de condições financeiras para enfrentar tais empresas nos tribunais, lamentou Ribeiro. “É uma luta de Davi contra Golias”, afirmou.
As iniciativas judiciais em vários pontos do Brasil são produto da consciência da sociedade, sabedora dos danos que a monocultura de eucalipto provoca, como êxodo rural e desemprego, além de desastres ambientais, disse ao Terramérica Ivonete Gonçalves, do Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia. “Há 16 anos controlamos, no sul do Estado, empresas de celulose que cometiam crimes como plantar eucaliptos em áreas de preservação permanente, lançando venenos nas nascentes de rios, e o Estado foi conivente e omisso”, afirmou Ivonete. Os que se opõem a essa indústria no Brasil lutam agora pela transparência nas eleições municipais de outubro, rejeitando candidatos cujas campanhas são financiadas pelas indústrias do papel.
“Ao apoiar um candidato, a Aracruz contribui para o processo de fortalecimento da cidadania, em que todos os atores sociais devem necessariamente participar dos processos democráticos”, disse ao Terramérica o serviço de imprensa da companhia. O presidente da Veracel disse que sua empresa participou de campanhas eleitorais sempre cumprindo a legislação e após ampla discussão, já que um de seus controladores, o grupo sueco-finlandês Stora Enso, vem de países com leis mais rígidas. “Além disso, a Veracel aderiu ao Pacto Mundial” promovido pela Organização das Nações Unidas em favor da responsabilidade social empresarial, assumiu compromissos contra a corrupção “e, como quer ser referência em sustentabilidade, não pode cometer deslizes”, concluiu Alípio.
* A autora é correspondente da IPS.
LINKS
A vez das fábricas de papel argentinas
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=200
Celulose coloca frente a frente verdes e sindicalistas
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=370
Uma esperança para os cisnes
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=559
Fundação Estadual de Proteção Ambiental, em português
http://www.fepam.rs.gov.br
Aracruz, em português
http://www.aracruz.com.br
Veracel, em português
http://www.veracel.com.br/pt/index.html
SOS Mata Atlântica, em português
http://www.sosma.org.br/
Instituto brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, em português
http://www.ibama.gov.br/
Cepedes, em português
http://www.cepedes.org.br
Pacto Mundial da Organização das Nações Unidas
http://www.un.org/spanish/globalcompact/
Legenda: Plantação florestal de eucaliptos, primeira fase da polêmica indústria de papel.
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Envolverde/Terramérica)
08/09/2008
Por Clarinha Glock*
Porto Alegre, 8 de setembro (Terramérica) - A batalha contra as indústrias de celulose se intensificou nos tribunais do Brasil, especialmente nos Estados onde mais se expandem as plantações de eucalipto: Bahia e Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Neste último, cinco organizações ambientais se uniram no mês passado em uma ação judicial contra a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Ana Maria Pellini, a quem acusam de praticar assédio moral ao pressionar seus funcionários em processos de interesse do setor papeleiro.
A denúncia se refere a ameaças e transferências injustificadas de técnicos que se negaram a modificar critérios de Zoneamento Ambiental da Silvicultura, na licença para construção de represas e para ampliação que quadruplicará a fábrica de celulose Aracruz, maior empresa brasileira do setor, controlada pelos grupos familiares Lorentzen, de origem norueguesa, e Safra, do Líbano. “Querem nos impor uma ditadura ambiental e rechaçamos esse controle”, reagiu Pellini, negando as acusações e destacando que, ao assumir seu cargo, encontrou 12 mil solicitações de licenças ambientais à espera de avaliação e por isso teve de implementar um plano de emergência na Fepam.
O secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Brenner de Moraes, defendeu sua funcionária de confiança e os investimentos em silvicultura, que chegarão a R$ 10,7 bilhões entre 2007 e 2011. “Cada milhão de real representa 76 empregos”, ressaltou. As ações judiciais neste Estado se encaminham principalmente a irregularidades em licenças ambientais e acordos para que sejam feitos estudos e informes de impacto ambiental. “Exigimos mais restrições, porque o Zoneamento Ambiental, recentemente aprovado, oferece baixa proteção”, explicou Annelise Steigleder, fiscal de Meio Ambiente de Porto Alegre.
Na Bahia, a promotoria estadual pediu à justiça que anule licenças ambientais para plantio de eucalipto, obtidas pela empresa Veracel, criada por uma associação entre Aracruz e a sueco-finlandesa Stora Enso. A firma “usou meios ilícitos, desde corrupção de funcionários de órgãos vinculados às licenças até subornos de prefeitos e vereadores”, disse João da Silva Neto, coordenador da Promotoria em Eunápolis, município do sul baiano. Também foram obtidos de forma irregular certificados de qualidade para garantir exportações, acrescentou.
Após 15 anos de trâmite nos tribunais, o desenlace da primeira ação do Ministério Público contra a Veracel, em julho, foi uma multa de R$ 20 milhões, respondendo a denúncias de organizações não-governamentais, como a internacional Greenpeace e a brasileira SOS Mata Atlântica. A empresa foi multada e condenada a retirar as plantações de eucalipto de uma superfície de 96 mil hectares – distribuídos em quatro municípios baianos – e a reflorestá-los com espécies nativas da Mata Atlântica, o ecossistema afetado.
A Veracel pediu efeito suspensivo da sentença, porque o exame judicial feito na época da denúncia de “supostas irregularidades e desmatamento” em 64 hectares não comprovou danos ambientais, disse ao Terramérica o presidente da empresa, Antonio Sergio Alípio. A sentença “nos surpreendeu, porque a áreas em questão tinham licença do órgão ambiental estadual e apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)”, e, também, a empresa recuperou a floresta original além da extensão exigida por lei, assegurou Alípio. A promotoria, entretanto, entendeu que houve falhas no estudo de impacto ambiental e que o Ibama foi omisso nesse caso.
No Espírito Santo, Estado muito devastado, Sebastião Ribeiro Filho, advogado da Rede Alerta contra o Deserto Verde, iniciou a primeira ação popular contra a Aracruz em 2001, depois que a empresa obteve licença para sua fábrica. A justiça suspendeu a obra por quase um ano diante de denúncia do Ministério Público Federal por ausência do estudo e do informe de impacto ambiental, exigidos pela legislação. A companhia assinou um acordo, assumindo o compromisso de cumprir essas exigências e pôde prosseguir suas atividades, mas enfrenta outros processos judiciais por desmatamento e violação de direitos indígenas.
A Aracruz também é questionada por canalizar parte das águas do Rio Doce para abastecer uma de suas fábricas de papel. “A empresa obteve recursos da prefeitura, sem ter o estudo de impacto ambiental, para desviar águas do Rio Doce para o Riacho, principal fonte de água para suas unidades”, justamente quando um de seus ex-diretores era secretário de Desenvolvimento do governo estadual, disse Ribeiro Filho ao Terramérica. A prefeitura justificou a operação alegando que a canalização se destinava a melhorar o fornecimento de água à população dos bairros. A sociedade civil não dispõe de condições financeiras para enfrentar tais empresas nos tribunais, lamentou Ribeiro. “É uma luta de Davi contra Golias”, afirmou.
As iniciativas judiciais em vários pontos do Brasil são produto da consciência da sociedade, sabedora dos danos que a monocultura de eucalipto provoca, como êxodo rural e desemprego, além de desastres ambientais, disse ao Terramérica Ivonete Gonçalves, do Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia. “Há 16 anos controlamos, no sul do Estado, empresas de celulose que cometiam crimes como plantar eucaliptos em áreas de preservação permanente, lançando venenos nas nascentes de rios, e o Estado foi conivente e omisso”, afirmou Ivonete. Os que se opõem a essa indústria no Brasil lutam agora pela transparência nas eleições municipais de outubro, rejeitando candidatos cujas campanhas são financiadas pelas indústrias do papel.
“Ao apoiar um candidato, a Aracruz contribui para o processo de fortalecimento da cidadania, em que todos os atores sociais devem necessariamente participar dos processos democráticos”, disse ao Terramérica o serviço de imprensa da companhia. O presidente da Veracel disse que sua empresa participou de campanhas eleitorais sempre cumprindo a legislação e após ampla discussão, já que um de seus controladores, o grupo sueco-finlandês Stora Enso, vem de países com leis mais rígidas. “Além disso, a Veracel aderiu ao Pacto Mundial” promovido pela Organização das Nações Unidas em favor da responsabilidade social empresarial, assumiu compromissos contra a corrupção “e, como quer ser referência em sustentabilidade, não pode cometer deslizes”, concluiu Alípio.
* A autora é correspondente da IPS.
LINKS
A vez das fábricas de papel argentinas
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=200
Celulose coloca frente a frente verdes e sindicalistas
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=370
Uma esperança para os cisnes
http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=559
Fundação Estadual de Proteção Ambiental, em português
http://www.fepam.rs.gov.br
Aracruz, em português
http://www.aracruz.com.br
Veracel, em português
http://www.veracel.com.br/pt/index.html
SOS Mata Atlântica, em português
http://www.sosma.org.br/
Instituto brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, em português
http://www.ibama.gov.br/
Cepedes, em português
http://www.cepedes.org.br
Pacto Mundial da Organização das Nações Unidas
http://www.un.org/spanish/globalcompact/
Legenda: Plantação florestal de eucaliptos, primeira fase da polêmica indústria de papel.
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Envolverde/Terramérica)
PENSAMENTOS
"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.
Mas, se você não fizer nada, não haverá resultados." - Mahatma Gandhi
"No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade." - Albert Einstein
"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
"O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte".
"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção."
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante."
" Não exijas de ninguém senão aquilo que realmente pode dar."
"Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros."
" Nunca estamos contentes onde estamos."
" Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas."
"Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar."
" Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
" Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa."
" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
" Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
" O amor verdadeiro não se consome, quanto mais dás, mais te ficas."
" Só os caminhos invisíveis do amor libertam os homens.
" O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla."
"Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas."
"A civilização é um bem invisível porque inscreve seu nome nas coisas".
Antoine de Saint-Exupéry
Mas, se você não fizer nada, não haverá resultados." - Mahatma Gandhi
"No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade." - Albert Einstein
"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
"O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte".
"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção."
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante."
" Não exijas de ninguém senão aquilo que realmente pode dar."
"Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros."
" Nunca estamos contentes onde estamos."
" Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas."
"Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar."
" Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
" Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa."
" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
" Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
" O amor verdadeiro não se consome, quanto mais dás, mais te ficas."
" Só os caminhos invisíveis do amor libertam os homens.
" O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla."
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